A pandemia expôs o brasileiro ao seu presidente. E isso é ruim pra todo mundo.
Ainda que pareça sob controle, a situação brasileira não está.
Estamos em uma situação bastante complicada em relação ao COVID19 é absurdamente preocupante se as tendências se mantiverem como estão.
Primeiro de tudo, estamos com uma curva de óbitos mais íngreme do que as curvas de Espanha, EUA e França (e mais ou menos 1500 mortos abaixo da curva da Itália.
Ao mesmo tempo, ainda que a curva de casos sida a tendência de linearidade da curva atual, a tendência é que os óbitos cresçam acima dessa média (um pouco, mas ainda assim acima do pior cenário possível dentro da ideia de uma progressão linear).
Abaixo as previsões lineares para o crescimento dos óbitos no Brasil.
Abaixo a curva de óbitos intercalada com a curva da média dos últimos dois pontos e a reta linear de crescimento (estamos acima dela).
Abaixo o números de casos totais sobreposto com a reta de tendência de crescimento linear dos casos.
Some-se isso ao fato do governo federal não estar colaborando, ameaçando estados e municípios com um lockdown financeiro, exigindo congelamento de salários como contrapartida e lançando ações midiáticas para fortalecer uma narrativa falsa que insinua uma dicotomia entre economia e saúde e, ainda, com a iminente demissão do ministro da saúde e uma guerra jurídica pelo fim do isolamento vertical (em detrimento do isolamento social), e temos, ao que tudo indica, o cenário perfeito para uma vindoura catástrofe no país.
E nem toquei nas curas milagrosas que o governo espalha como se fossem verdade (e que escondem em si uma relação nebulosa de negócios).